O DESEJO DE DEUS
O desejo de Deus é um sentimento inscrito no coração do homem, porque o homem foi criado por Deus e para Deus.
20.04.2021 - 18:43:27 | 1 minutos de leitura

Catecismo da Igreja Católica nos ensina sobre a estrutura espiritual do ser humano como uma realidade voltada para o Criador. Como obra das mãos de Deus, de igual modo ao artesão que deixa sua marca naquilo que produz, está inscrito na alma de cada pessoa esta marca do Eterno como o sinal de que a Ele pertencemos. Vejamos nestes parágrafos da doutrina da Fé Católica o que a Igreja nos ensina sobre a realidade de nossa pertença a Deus Nosso Senhor e Criador:
“O desejo de Deus é um sentimento inscrito no coração do homem, porque o homem foi criado por Deus e para Deus. Deus não cessa de atrair o homem para Si e só em Deus é que o homem encontra a verdade e a felicidade que procura sem descanso: «A razão mais sublime da dignidade humana consiste na sua vocação à comunhão com Deus. Desde o começo da sua existência, o homem é convidado a dialogar com Deus: pois se existe, é só porque, criado por Deus por amor, é por Ele, e por amor, constantemente conservado: nem pode viver plenamente segundo a verdade, se não reconhecer livremente esse amor e não se entregar ao seu Criador».
De muitos modos, na sua história e até hoje, os homens exprimiram a sua busca de Deus em crenças e comportamentos religiosos (orações, sacrifícios, cultos, meditações, etc.). Apesar das ambiguidades de que podem enfermar, estas formas de expressão são tão universais que bem podemos chamar ao homem um ser religioso: Deus «criou de um só homem todo o gênero humano, para habitar sobre a superfície da terra, e fixou períodos determinados e os limites da sua habitação, para que os homens procurassem a Deus e se esforçassem realmente por O atingir e encontrar. Na verdade, Ele não está longe de cada um de nós. É n\'Ele que vivemos, nos movemos e existimos» (Act 17, 26-28).
Mas esta «relação íntima e vital que une o homem a Deus» pode ser esquecida, desconhecida e até explicitamente rejeitada pelo homem. Tais atitudes podem ter origens diversas a revolta contra o mal existente no mundo, a ignorância ou a indiferença religiosas, as preocupações do mundo e das riquezas, o mau exemplo dos crentes, as correntes de pensamento hostis à religião e, finalmente, a atitude do homem pecador que, por medo, se esconde de Deus(5) e foge quando Ele o chama.
«Exulte o coração dos que procuram o Senhor» (Sl 105, 3). Se o homem pode esquecer ou rejeitar Deus, Deus é que nunca deixa de chamar todo o homem a que O procure, para que encontre a vida e a felicidade. Mas esta busca exige do homem todo o esforço da sua inteligência, a retidão da sua vontade, «um coração reto», e também o testemunho de outros que o ensinam a procurar Deus.
És grande, Senhor, e altamente louvável; grande é o teu poder e a tua sabedoria é sem medida. E o homem, pequena parcela da tua criação, pretende louvar-Te – precisamente ele que, revestido da sua condição mortal, traz em si o testemunho do seu pecado, o testemunho de que Tu resistes aos soberbos. Apesar de tudo, o homem, pequena parcela da tua criação, quer louvar-Te. Tu próprio a isso o incitas, fazendo com que ele encontre as suas delícias no teu louvor, porque nos fizeste para Ti e o nosso coração não descansa enquanto não repousar em Ti”. (Cf. CIC 27-30)
Pe. Fellinto Oliveira Britto
Sacerdote da Diocese de Tianguá
Regional NE – 1
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Catecismo da Igreja Católica, Edições Loyola, 30ª Edição, 2002.
Bíblia Ave-Maria, Ed. Ave-Maria, 213ª edição, São Paulo – SP.